VITÓRIA 1×2 BOTAFOGO | Análise Pós-Jogo e Diagnóstico do elenco

O Vitória perdeu ontem por 2×1 para o Botafogo e está fora da Copa do Brasil com duas derrotas. Além disso, o Barradão perdeu a sua magia [ou o choque de realidade veio como socos de Popó na cara dos desavisados]. Já estamos quase 2 meses sem vencer e se não estou enganado, a última vez que o torcedor do Vitória comemorou uma vitória foi na primeira partida da Final do Estadual, contra o Bahia.

O resultado de ontem é normal, afinal o Botafogo tem mais elenco, mais orçamento e poder de investimento com a SAF do excêntrico John Textor. Porém, o contexto da derrota de ontem preocupa e muito, pois não vencemos há 8 jogos, quase dois meses e o time em campo mostra ser muito desqualificado do meio pra frente, com jogadores que não têm cacife para decidir jogos, que não se sobressaem aos adversários deste ano, evidenciando que de fato há sim um fosso entre as Séries B e A, mas que nossos “iluminados” dirigentes não percebem isso ou colocam a “gratidão” acima da racionalidade.

Era evidente que a base campeã da Série B não daria conta na Série A, mas por #gratiluz foram todos mantidos e quem foi contratado, em tese, veio pra ser reserva, para não incomodar os “estrelos”. Para piorar veio o surgimento da nova panela do mercado, a Panelinha do Condé, que só jogava e tinha minutagem alta a turma de 2023. Os contratados de 2024 eram que nem figurantes de novela, apenas para fazer número/cena.

Ontem vimos mais uma vez Daniel Júnior em ação e fazendo um golaço [poderia ter feito outro antes, é verdade]. Mas com Condé, ele não tinha vez. Nem minutagem para dizermos se ele presta ou não, ele teve. Apenas deixou boa impressão nos poucos minutos que teve. E a turma que parece torcer mais pro ex-treinador do que pro Vitória, na ânsia de calar e interditar o debate sobre o referido jogador, inventou que Daniel Júnior treinava mal e era preguiçoso nos treinos e por isso que o alecrim dourado Léo Condé não escalava o cidadão, como se o ex-treinador fosse um ser divino, e por tal situação, nunca errar e ser o paladino da coerência. Jogo é jogo e treino é treino, sem falar que a maioria dos coletivos e treinamentos técnicos-táticos são fechados para o público…😒

DANIEL JR em ação contra o Náutico.

Ainda comentando sobre o jogo contra o Botafogo, o Vitória até começou diferente, marcando em pressão alta, indo mais incisivo para o ataque, coisa que a gente não via com Condé. Todavia esbarramos na falta de qualidade de nossos jogadores de frente como Janderson, Castilho e Luiz Adriano. O primeiro perdeu uma grande chance de abrir o placar, depois de uma bola infiltrada por Matheusinho, mas chutou em cima do goleiro John. Além disso, está escancarado que não dá pra Janderson ser ponta. Ele não tem poder de drible, de correr pra linha de fundo, de quebrar o sistema defensivo. Ele é centroavante, aqui querem impor que ele é extremo. NÃO É! PONTO! 

Iury Castilho é outro que eu acredito que pode render mais de 9 do que de ponta. Na Série B ele até consegue jogar nas extremidades, mas na Série A [e apesar do jogo de ontem ter sido pela Copa do Brasil, mas o Botafogo é outra equipe de Série A], Castilho não agrega nada pelas pontas. Outro jogador desprovido de poder de drible, de inventividade, improviso. Saudades quando o Vitória tinha Marquinhos, Maxi Biancucchi, Marinho, Neílton, Vander…isso sem apelar para Zé Roberto, Allan Delon e Edílson, que apesar de não terem sido pontas na essência, mas eram aqueles atacantes que em muitos lances recebia nessa região do campo e com sua técnica, drible e poder de improviso criavam situações de gols deles mesmos ou dos companheiros de ataque).

Enfim, para encurtar a conversa. O VITÓRIA PRECISA CONTRATAR PONTAS E LATERAIS MELHORES. Com o atual elenco é burrice jogar pelos flancos sem termos tais peças. O Vitória tem que jogar povoando o meio de campo e jogando mais central, com dois meias, coisa que parece que é proibido pela turma do “futibó muderno”. O Brasil ganhou 4 das 5 copas jogando com 4 meio campistas, sendo 2 deles os de armação/criação de jogada. Desde a consagração do 4-3-3 de Guardiola que o futebol brasileiro acabou com o 442 e suas variantes para jogar apenas em função dos flancos. Como não temos peças qualificadas para jogar assim, devemos ter a humildade e voltar sim para o 442 ou 451, com foco no futebol mais centralizado.

Se dispensarem agora todos os “pontas” que o VITÓRIA tem nesse atual elenco, eu queria ver quais deles seriam aproveitados em outros times da Série A. Eu acho que nenhum teria vaga. Na Série B são reis, mas na A é outro patamar. A diretoria do Vitória precisa entender isso de uma vez por todas! Obrigado a todos os jogadores e comissão técnica de 2023, mas Série A é outra história. Gratidão e Futebol Profissional não combinam!

Vitória Sempre!